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Morte de Trindade: Saiba por que ator saiu de Pantanal

Pai e filho dividem o mesmo papel nas versões de 1990 e de 2021

Publicado em 12/08/2022

Trindade é o papel de Gabriel Sater no remake de Pantanal. O mesmo personagem foi vivido pelo pai do ator, Almir Sater na versão original da novela, exibida na Manchete em 1990.

Agora, o cantor e compositor veterano interpreta o chalaneiro Eugênio, que também é um dos violeiros que se reúnem para entonar músicas regionais.

Tanto na antiga quanto na atual, Trindade é um peão e violeiro bem misterioso. Na história, reza a lenda de que ele tenha feito um pacto com o diabo, e isso se tornou o mote principal de sua trajetória no roteiro escrito por Benedito Ruy Barbosa.

Por ora, no remake da Globo, Trindade simplesmente desapareceu dos capítulos. Com isso, surge a especulação de que o personagem já deixou a novela, algo que ocorreu com Almir Sater na edição de 1990.

Trindade (Almir Sater) e Tibério (Sérgio Reis) na Pantanal de 1990
Trindade Almir Sater e Tibério Sérgio Reis na Pantanal de 1990

Do mesmo modo que Pantanal de agora, na antiga Trindade se envolveu com Irma, à época interpretada pela atriz Elaine Cristina. Os dois se apaixonaram, ela engravidou dele, mas o autor precisou dar um fim repentino ao peão.

Logo após Irma dar à luz, Trindade a ‘entregou’ para Zé Lucas (Paulo Gorgulho) cuidar e simplesmente desapareceu. Seu desfecho precisou ser criado por Benedito Ruy Barbosa por um motivo especial: Almir Sater foi convidado para ser protagonista de uma outra novela da Manchete.

Eugênio (Almir Sater) em Pantanal
Eugênio Almir Sater em Pantanal

Leia mais: Conheça os três filhos de Almir Sater (e quais trabalham em Pantanal)

Ator saiu de Pantanal para protagonizar novela

A novela para qual Almir Sater foi convidado a estrelar foi A História de Ana Raio e Zé Trovão, escrita por Marcos Caruso e Rita Buzzar. Caruso, vale dizer, esteve também no elenco de Pantanal interpretando o peão Tião na primeira fase.

Dirigida por Jayme Monjardim, a trama entrou no ar logo após Pantanal, em 1991, e por isso Almir precisou se ausentar da história de Benedito Ruy Barbosa antes do final.

Almir Sater foi escalado para interpretar o protagonista Azelino, mais conhecido como Zé Trovão. Já para viver seu par romântico, Ana de Nazaré, chamada de Ana Raio, foi chamada a a atriz Ingra Lyberato.

Em Pantanal, Ingra deu vida a Madeleine na primeira fase, a mãe de Jove (Marcos Winter).

Almir Sater e Ingra Lyberato em A História de Ana Raio e Zé Trovão
Almir Sater e Ingra Lyberato em A História de Ana Raio e Zé Trovão

Repercussão de A História de Ana Raio e Zé Trovão

A novela narra a história de Ana de Nazaré, que é órfã de mãe e mora com o pai no sul do país. Aos treze anos a personagem de Ingra Lyberato é estuprada pelo capataz Canjerê e fica grávida da menina Maria Lua.

Mais tarde, o homem que a violentou retorna, assassina o pai de Ana e rapta sua filha. Os anos se passam e a protagonista se torna uma peoa de rodeios muito talentosa. No decorrer da história ela conhece Zé Trovão, também peão aclamado e os dois se apaixonam.

Ingra Lyberato como Madeleine e como Ana Raio (Reprodução)
Ingra Lyberato como Madeleine e como Ana Raio

Marcos Caruso, o autor, explicou como nasceu a ideia de escrever A História de Ana Raio e Zé Trovão. “Ela não era ruim. Não é porque eu que escrevi, não. Ela era mal programada. Eu soube que ia escrever Ana Raio três semanas antes de acabar Pantanal. O [diretor] Jayme [Monjardim] foi à Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos para gravar uma cena de Pantanal e ficou deslumbrado com aquele mundo“, afirmou.

Depois do insight, Jayme Monjardim revelou que já tinha os protagonistas em mente. “Ele me chamou, pegou uma sela branca, chegou ao meio da sala e jogou: ‘Ana Raio!’ Pegou uma sela preta, jogou no meio da sala e disse: ‘Zé Trovão!’. E avisou: ‘Quero, a cada 20 capítulos de quatro blocos, mudar de cidade e percorrer o país inteiro’. O slogan da Manchete na época era ‘O Brasil que o Brasil não conhece’, aí eu fui e fiz“, contou o jogo o escritor e ator.

Em audiência, na Rede Manchete a novela não conseguiu o mesmo sucesso que a antecessora Pantanal. Já na reprise no SBT, entre 2010 e 2011, a produção fez a emissora se manter na vice-liderança, fazendo com que capítulos extras fossem incluídos na programação.

Ingra Lyberato e Almir Sater
Ingra Lyberato e Almir Sater mais recentemente

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