INSPIRAÇÃO

Marcos Palmeira conta o que resgatou de Cláudio Marzo, morto em 2015, para fazer Pantanal

Ator de 58 anos refletiu sobre José Leôncio, seu personagem na nova novela das nove

Publicado em 22/03/2022

Marcos Palmeira retorna ao habitat que foi seu há 30 anos no remake de Pantanal, que estreia dia 28. Na primeira versão, o ator interpretou Tadeu. Agora ele é José Leôncio, o papel masculino mais emblemático da trama.

Palmeira pegou o bastão de Cláudio Marzo, falecido em 2015, para dar vida ao fazendeiro pai de três filhos: Tadeu (que será vivido por José Loreto), Joventino Neto (antes por Marcos Winter e agora por Jesuíta Barbosa) e José Lucas de Nada (Paulo Gorgulho em 1990 e hoje Irandhir Santos).

Em coletiva realizada nesta terça-feira (22) pela Globo, o artista de 58 anos refletiu sobre as diferenças entre o Zé Leôncio vivido por ele e por Marzo.

“Meu José Leôncio não tem ligação com o Leôncio do Cláudio Marzo. Mas claro que trago coisas da época. O Cláudio era mais novo que eu, mas hoje me sinto mais novo que ele. Ele tinha uma coisa mais sóbria, mais distante. A gente [para o remake da Globo] trouxe uma coisa mais amorosa, tentei fazer o Zé Leôncio mais amoroso“, explicita Palmeira.

Quando perguntado sobre alguma semelhança de seu ‘Zé’ com o de Marzo, Marcos Palmeira resgata um detalhe na personalidade do saudoso artista. “Trago do Cláudio a tranquilidade. Nunca vi ele desesperado, levava horas pra se maquiar lá no pantanal [Marzo também interpretou o Velho do Rio], sempre numa tranquilidade. Mas tô colocando mais amor no olhar pro Tadeu, pro Jove, pra Filó…”, revela ele.

Marcos Winter, Claudio Marzo e Marcos Palmeira em Pantanal da Rede Manchete
Marcos Winter Claudio Marzo e Marcos Palmeira em Pantanal da Rede Manchete

Emoção por estar em Pantanal

Durante a entrevista, Marcos Palmeira não escondeu a alegria em estar em um projeto que continua acreditando. “Um prazer, uma surpresa, uma virada. Novela tão importante pra mim naquela época… É uma nova novela. Experiência incrível, chegar nessa fase da minha vida, quase 50 anos, agradeço muito ao Papinha [Rogério Gomes, diretor de Pantanal] por acreditar em mim“, declarou.

Segundo Palmeira, por ser gravada em um bioma tão rico e complexo, além de desconhecido pela maioria do elenco, pode-se ter uma experiência quase que inédita. “Acho que nós atores, algo que o pantanal nos dá é que está todo mundo com o pé no amadorismo, com aquele frescor, do novo, entregues. Vamos juntos entrar no mesmo barco“, refletiu o veterano.

Marcos Palmeira, Letícia Salles e Renato Góes nos bastidores de Pantanal
Marcos Palmeira Letícia Salles e Renato Góes nos bastidores de Pantanal

Ele citou o autor original da história, Benedito Ruy Barbosa, ao falar sobre a possibilidade de reinventar os personagens da novela. “É muito lindo ver a gente renascendo, mas de verdade, é como se tivesse fazendo releitura de um clássico. O Benedito traz isso, pode ter remake de Renascer, de Rei do Gado…”, contemporiza.

Por fim, o artista se disse bem otimista com a recepção do remake. “É uma obra aberta, você fica inseguro de ir muito fundo, o texto chega e vai te conduzindo. A gente amadurece dentro da própria historia, tô amadurecendo também como ator e como homem. São novas camadas, estamos fazendo um mergulho mais profundo. pode ser uma boa surpresa para o público”, avalia o ator.

Relembre grandes momentos da primeira versão de Pantanal, que completou 30 anos em 2020.

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