FINAL

5 mortes que Nos Tempos do Imperador não vai mostrar

Novela das seis termina na sexta-feira, dia 4 de fevereiro

Publicado em 30/01/2022

Nos Tempos do Imperador chega ao final na sexta-feira (4) mostrando o desfecho da Guerra do Paraguai, ocorrido em 1870. Desse modo, a novela das seis não mostrará fatos importantes que acontecem após esse período.

Cinco mortes que marcaram a História do Brasil, por exemplo, ficarão de fora da trama escrita por Thereza Falcão e Alessandro Marson.

Tragédias com as princesas

Uma das perdas que não devem ser exibidas em Nos Tempos do Imperador é a primeira filha da princesa Isabel (Giulia Gayoso), Luísa Vitória de Orléans e Bragança, batizada ainda na barriga da mãe.

Antes de nascerem os três príncipes que a filha de Dom Pedro II (Selton Mello) terá, a nobre passou por uma conturbada saga para engravidar pela primeira vez. Sua primeira gestação, inclusive, teria ‘vingado’ após inúmeros tratamentos médicos. Foram seis anos até conseguir.

A primogênita de Isabel não resistiu às condições do parto, que teve cerca de 50 horas de duração e veio ao mundo já sem vida em 1874, ou seja, 10 anos depois do casamento com Gastão (Daniel Torres). Aliás, nenhum dos nascimentos dos filhos da princesa será mostrado em Nos Tempos do Imperador.

Isso também acontecerá com a morte da irmã de Isabel, filha caçula do Imperador, Leopoldina (Bruna Griphao). Para quem não sabe, ela teve um falecimento precoce, logo após ter o quarto filho com o marido Augusto (Gil Coelho), em 1871.

Morando em Viena, capital da Áustria, aos 23 anos, Leopoldina apresentou sintomas de febre tifoide, doença, transmitida por água contaminada. Ela teve muita desidratação e passou cerca de 30 dias convalescendo até falecer.

A morte de Leopoldina ocorre cerca de um ano após o fim de Nos Tempos do Imperador, então, tudo indica que essa tragédia não deve ser mostrada e sim na continuação programada pelos autores.

Bruna Griphao como Leopoldina de Bragança e, ao lado, foto real da princesa (Divulgação Globo e Reprodução)
Bruna Griphao como Leopoldina de Bragança e ao lado foto real da princesa Divulgação Globo e Reprodução

Esposa e amante

Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias, a esposa de Dom Pedro II e Imperatriz do Brasil, morre em 1889, cerca de 19 anos depois do final retratado em Nos Tempos do Imperador.

Historiadores relatam que a esposa do Imperador sofreu muito por ser obrigada a deixar seu país quando a família real foi exilada. Ela já vivia debilitada por sofrer de asma e sua saúde piorou.

Em 28 de dezembro de 1889, Teresa Cristina morreu após uma parada cardiorrespiratória na cidade de Porto, em Portugal. Em suas últimas palavras, a imperatriz revelou que seu falecimento não era pela doença, mas por desgosto. “Sinto a ausência das minhas filhas e de meus netos. Não posso abençoar pela última vez o Brasil, terra linda, não posso lá voltar”, teria dito a figura histórica.

Dois anos depois da morte da Imperatriz, em 1891, Luísa Margarida, a Condessa de Barral, também vem a falecer. Aliás, isso acontece poucos meses de Pedro II, que foi seu amante por anos, assim como a novela retrata.

A causa, no entanto, é uma incógnita, apesar de alguns registros históricos assumirem que foi uma pneumonia. Ela já era viúva de Eugênio (Thierry Tremouroux) e deixou seu único filho, Dominique (Guilherme Cabral).

Jackson Antunes será Duque de Caxias em 'Nos Tempos do Imperador'
Jackson Antunes será Duque de Caxias em Nos Tempos do Imperador Foto João Miguel JuniorGlobo

Militar histórico

Por fim, uma perda icônica para a História do Brasil que não será exibida em Nos Tempos do Imperador é a de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, interpretado na novela pelo ator Jackson Antunes.

Segundo historiadores, Pedro II visitou Caxias no final de 1877 e os dois concordaram que o militar não podia mais ficar no cargo. Seus problemas de saúde tinham ficado tão sérios que desde o início de 1876 era pedido para ele renunciar.

No fim da vida, Caxias só se locomovia com cadeira de rodas e viveu seus últimos dias na fazenda Santa Mônica, no Rio de Janeiro. Ele morreu em maio de 1880.

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