Entrevista

“Eu já tenho projetos na cabeça sobre programas de entretenimento”, diz Érica Reis, destaque da RedeTV!

Ela afirma também que não tem mais interesse em fazer jornalismo "engessado", ante a leveza do Leitura Dinâmica

Publicado em 02/12/2021

Amigos da Coluna Por Trás da Tela. Eu tenho orgulho de ter trabalhado com essa menina na emissora do Morumbi. O nome dela é Érica Reis. Bonita, inteligente, competente, Érica é versátil e hoje pode ser vista comandando o Leitura Dinâmica na RedeTV!.

CB – Eu adoro programas com notícias do dia, principalmente quando o assunto aborda os destaques culturais. Érica, querida, muito obrigado por falar comigo na minha sala de visitas virtual. Como você começou na carreira jornalística, e por que escolheu a profissão?

ER – Eu escolhi ser jornalista no oitavo ano de escola. Escrevia bem, gostava de contar histórias… Quando ganhei um concurso de redação, minha professora disse que eu deveria pensar em estudar jornalismo. Ela disse que eu já era porta-voz da sala, que adorava estudar temas antes de apresentar os trabalhos, que já estava nas minhas veias. Acreditei e apostei nisso. Comecei a carreira na Record TV, estágio indicado por um professor que era repórter lá. Fiz escuta, produção, edição de texto e reportagem. Me apaixonei por TV.

CB – Nós trabalhamos juntos na emissora do Morumbi e depois te vi no Leitura Dinâmica. De quem partiu o convite para participar do programa?

ER – O convite para apresentar o Leitura Dinâmica veio do superintendente de jornalismo, na época, Américo Martins. Um super amigo em comum nos apresentou: o repórter José Luis Filho. Havia uma oportunidade para apresentar um programa de esporte, mas não era a minha praia. Mas eu disse que, se um dia fosse para o Leitura, poderiam contar comigo – seis meses depois fui contratada. A ideia de falar sobre cultura no jornalismo sempre foi um diferencial. E eu adorava o formato. Era a minha cara!

CB – Como você tem analisado a evolução do Leitura Dinâmica, desde que começou a apresentá-lo?

ER – Frente ao Leitura Dinâmica, sempre tive a liberdade de ousar no conteúdo. O jornal acompanha a evolução digital, as tendências na música, cinema, séries, internet. Então, fomos mudando a linguagem e deixando ele cada vez mais interessante para o nosso público. Passamos por todas as editorias, de forma rápida e com conteúdo pronto pra quem quer um “resumão” do dia, com um toque leve de cultura.

CB – Érica, além de apresentar o programa você participa de outras funções?

ER – Sim. Sou editora-executiva. Aliás, essa responsabilidade é fundamental para que eu tenha envolvimento em todo o processo. Analisar todos os assuntos da edição. Pensar em conteúdos exclusivos, o cuidado em apurar as informações, em ser imparcial. Adoro isso. Inclusive, foi uma das condições para que eu assumisse o jornal na minha contratação. Não queria apenas “dar as caras”. Queria contribuir mais. Fazer algo que estivesse de acordo com os meus princípios e valores.

CB – Você entrevistou personalidades de várias partes do mundo do cinema e da música. Alguma dessas entrevistas te marcou?

ER – Foram tantas entrevistas incríveis! Cobrir bastidores de cinema, séries, shows e espetáculos é a minha paixão! E ser hoje convidada por produtoras internacionais de Hollywood é um privilégio. Muitas entrevistas me marcaram e ensinaram muito. Com Jane Fonda, Robert De Niro, Will Smith, Sandra Bullock, Mel Gibson, David Guetta, Jennifer Aniston, Vera Farmiga, Robert Downey Jr… Mas olha, Chris.. Nada de glamour, viu?! São sempre no esquema “bate e volta” em Los Angeles, Nova Iorque.. Horas de voo, muita espera e poucos minutos com essas super celebridades. Tem que planejar bem.

CB – Aliás, me chama a atenção a maneira como você fala inglês. De onde vem essa fluência?

ER – Eu estudei nos EUA. Passei alguns anos na Flórida. Sempre amei o idioma e sou perfeccionista. Então, me dedicava bastante. E até hoje pratico muito. Só assisto a filmes com legenda em inglês. E aprendo novas palavras e expressões o tempo todo. Também mantenho contato com amigos americanos. Então constantemente pratico o inglês.

CB – Você voltaria para o estilo hard news do jornalismo, como fizemos no passado, ou seja, com notícias factuais, precisas?

ER – De certa forma, continuo no hard news. Jornal com factuais todos os dias. Mas a parte de cultura me traz a leveza que preciso para fazer isso. Jornalismo é pesado. Você sabe, fez muito isso. Consome a gente, porque, de certa forma, não desligamos nunca. E tem o peso emocional também. Não somos robôs! A gente se envolve. Consome tudo aquilo. Mas hoje eu não tenho mais interesse em fazer bancada, jornalismo engessado. Não tem mais a ver comigo. Gosto de ser mais direta, mais leve, mudei a minha comunicação com o público na internet e amei poder ser jornalista, com a credibilidade exigida na profissão, mas sendo eu mesma.

CB – Érica, eu noto que você tem um jeito de apresentar que me remete a programa de entretenimento. Você gostaria de participar de um projeto nesse sentido?

ER – Eu gostaria muito! Já fiz um quadro em um programa feminino matutino, mas era sobre cultura. Hoje me vejo seguindo esse caminho. Já é o que faço, de certa forma, na internet. Muitas vezes tenho vontade de opinar sobre temas e ser mais leve, espontânea… O jornalismo não permite isso. Já tenho projetos na cabeça sobre programas de entretenimento. Com plateia, de entrevista, com música.. Seria um sonho. Em 2022, as pessoas vão me ver participando de um reality! Não posso dar detalhes, mas será muito legal! E a RedeTV! foi muito parceira em me liberar para participar. O superintendente de Jornalismo e Esportes, Franz Vacek, me apoiou. Inclusive, foi ele quem me colocou na linha de shows, no programa Melhor pra Você. A experiência foi incrível.

CB – Vamos à pergunta final da coluna “Por Trás da Tela”. Quando a Érica Reis não está nas telas de TV, celular e outros aparelhos, o que ela gosta de fazer?

ER – Eu amo assistir a séries, ler livros sobre temas que me interessam, comer, viajar, curtir os amigos… E rir! Eu sou muito palhaça entre as pessoas que convivem comigo. E hoje quero compartilhar conhecimentos de vida, de alma. Tenho me espiritualizado cada vez mais. Nossa passagem precisa valer a pena. O jornalismo consome muito o nosso tempo. Abrimos mão de muitos momentos com a família e até para nós mesmos para cumprirmos nosso dever em feriados e finais de semana. Então, hoje, eu quero me presentear com momentos de alegria, de descanso, de prazer. Não é fácil, mas a gente consegue, quando olha pra dentro.

CB – Muito obrigado por participar da Coluna, Érica. Feliz em ter você aqui e te espero mais vezes. Toda a sorte do mundo e até a próxima!

ER – Muito obrigada pelo convite! Saudades das nossas brincadeiras e lembranças da BandNews!

Beijo grande!

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