Crítica e dedicada

Caroline Nogueira é a nova mediadora do Grande Debate, de volta à CNN Brasil

"Num momento tão polarizado, o programa volta para mostrar que é possível trazer pontos de vista distintos sem confronto"

Publicado em 07/07/2021

Meus amigos da Coluna Por Trás da Tela. Hoje eu tenho o grande prazer de falar com a competente Caroline Nogueira, a Carol. Eu tenho muito orgulho de ter trabalhado com essa menina. Nós passamos pelo BandNews TV e, de lá para cá, trilhamos caminhos diferentes. Mas ainda permanece a amizade e a admiração.

Carol foi escolhida para ser a mediadora do Grande Debate, que volta à programação da CNN Brasil no dia 13 de julho. A exibição está prevista para todas as terças, às 22h30.

CHRISTIANO BLOTA – Carol, muito bom te encontrar aqui na minha sala de visita virtual. Quando segui outro caminho, torci muito por você. Eu te vi no Jornal da Band e agora na CNN. Você está ótima, solta, e emana felicidade. Me fala da mudança para a CNN.

CAROLINE NOGUEIRA – A CNN está sendo uma grande oportunidade de aprendizado. Eu diria que é um constante aprendizado, como tem que ser o nosso dia-a-dia. Em pouco mais de um ano, conheci muita gente competente, trabalhei (e ainda trabalho) com pessoas que admiro, e – o que considero super importante para a vida – fiz grandes amigos. Estive em muitos projetos da emissora, o que me faz sentir parte dela. Foram grandes os desafios: desde participar do primeiro dia de transmissão ao vivo até coberturas extensas, como as eleições americanas. Tem sido uma experiência muito importante, tanto do ponto de vista profissional, quanto pessoal.   

CB – E o convite para ser mediadora do quadro “O Grande Debate”? Comenta a novidade para os nossos leitores.

CN – Agora, o quadro será um programa semanal. Toda terça-feira, às dez e meia da noite. Sempre com dois participantes convidados. O objetivo continua o mesmo: promover o diálogo de ideias. Num momento tão polarizado do nosso país, o Grande Debate volta para a grade da programação da CNN para mostrar que é possível trazer pontos de vista distintos sem confronto. 

CB – Carol, hoje o jornalista não pode hesitar. Deve ajudar a emissora no que for necessário. Nunca se sabe como, onde e como à chefia vai precisar da nossa ajuda. Você passou por alguma situação em que pensou: “Preciso melhorar nesse aspecto?”?

CN – Passo por isso diariamente. Sou extremamente crítica no que faço. Confesso que – por vezes – isso me atrapalha. Mas acredito que também seja uma forma de estar numa eterna busca pelo aprendizado. Sempre há algo que podemos melhorar. Sempre há algo que desconhecemos. Por isso, defendo a importância da busca por conhecimento; da troca de informações; de pedir ajuda aos mais experientes. É assim que conseguimos crescer.        

CB – Eu sinto que na CNN seu trabalho está fluindo, você é espontânea, não esconde os sentimentos. Eu já te vi chorando, rindo, e nem todo diretor entende isso, não sabe que somos humanos e não robôs. Seu desempenho no canal me parece que se deve a chefia, que passa confiança ao apresentador. Estou errado?

CN – É a confiança em toda a equipe. Todos sabemos que ninguém faz nada sozinho. E na apresentação não é diferente. Enquanto estamos no vídeo, há uma equipe super competente por trás. Em momentos de muita emoção, nada como ter uma parceria sólida com quem dividimos a bancada e com aqueles que se esforçam, todos os dias, para que o jornal entre no ar. 

CB – Carol, qual seu melhor momento na nova emissora? E o pior?

CN – O melhor momento foi o momento zero. Entrar no ar na CNN, pela primeira vez, deu um frio na barriga! Era um domingo, 15/03/2020. A emissora tinha estreado algumas horas antes. Na sequência, participei da cobertura do debate democrata, nos Estados Unidos. Foi emocionante estar no estúdio naquele momento, naquele dia, vendo uma emissora de TV nascer. Já a cobertura mais delicada foi a morte do Bruno Covas. Foram mais de cinco horas de transmissão e, em vários momentos, foi difícil segurar a emoção. 

CB – Acho que nunca conversamos sobre isso, mas como você começou a carreira?

CN – Comecei minha carreira em Belém (Pará). Fui repórter e apresentadora da afiliada da Band na minha cidade. Depois, segui carreira em São Paulo. Foram 11 anos entre Band e BandNews, onde também fui repórter e apresentadora. Lá, aprendi muito e fiz grandes amigos que trago na minha vida até hoje.  

CB – Carol, e a vida pessoal nesse desafio que é ser jornalista? Como você concilia trabalho com vida pessoal?

CN – Tenho uma família que apoia meu trabalho. E um trabalho que respeita minha família. Acredito que isso facilite o desafio de conciliar o ritmo frenético de informações com o lado mãe/esposa. Digo mais: nada como um bebê para te dar ainda mais energia para lutar por seus objetivos! 

CB – Me fala de um livro, um filme, uma novela, uma série que você goste.

CN – Tenho dificuldade em escolhas. Mas posso elencar o que estou fazendo no momento. Estou lendo “Os Onze: o STF, seus bastidores e seus crises”. O filme mais recente que vi foi “O som do silêncio” (The sound of metal), que chegou a disputar o Oscar de melhor filme. E tenho visto séries com episódios mais curtos apenas para “esfriar” a cabeça, como Modern Family.  

CB – “Por trás da tela”, o que você gosta de fazer?

CN – Adoro viajar. É a oportunidade de conhecer lugares novos, ouvir histórias, e colecionar experiências. Sempre um caderninho de anotações e um roteiro definido. Mais jornalista do que isso, impossível! (risos) 

CB – Carol, muito obrigado pelo encontro. Tenho certeza que seu caminho sempre será de sucesso principalmente porque você tem inteligência emocional por dentro e “Por Trás da Tela”. Espero você mais vezes por aqui.

CN – Chris, foi muito bom falar com você, principalmente porque matei saudades! Você é um dos amigos que a Band me deu. Te agradeço pelo carinho. Sucesso na coluna.

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