Te Dou a Vida

SBT compra melodrama moderno que bateu recordes de audiência no México

Novela substituirá Amores Verdadeiros em setembro

Publicado em 26/08/2021

Disposto a oxigenar a programação com um produto mais moderno que as chamadas “novelas rosa”, o SBT sanou a curiosidade do público ao confirmar a aquisição de Te Dou a Vida, uma produção melodramática da rede mexicana Televisa, gravada entre 2019 e 2020.

As especulações em torno desta novela já havia tomado força nas últimas semanas, e agora se oficializa como substituta de Amores Verdadeiros a partir de setembro. O folhetim se consagrou como um grande sucesso, atingindo em seu desfecho, a marca de 5,1 milhões de telespectadores.

O teaser de 10 segundos foi divulgado durante o intervalo comercial de Coração Indomável, no dia de hoje, quarta-feira (25). “A história do Nicolas vai conquistar o seu coração. Vem aí, Te Dou Vida“, narra o locutor na arte em que mostra o ator mirim Leonardo Herrera, intérprete do personagem central da história, correndo para frente da tela.

Te Dou a Vida foi transmitida originalmente no horário das 18h30 e trata-se do remake da trama chilena de mesmo nome, exibida pelo canal Mega, em 2016.

Protagonista de Amores Verdadeiros, Érika Buenfil também tem um papel de destaque na trama. Ela interpreta a dondoca Andrea Espinoza, mãe da mocinha Elena e avó de Nícolas.

A produção está a cargo de Lucero Suárez (Querida Inimiga), a qual também participa do time de roteiristas da adaptação.

O folhetim traz como protagonistas Eva Cedeño (Por Amar Sin Ley) e José Ron (La Que No Podía Amar) e como antagonistas Jorge Salinas (La Que No Podía Amar) e Danny Perea.

Conheça a história!

A trama narra o drama de Elena (Eva Cedeño) e Ernesto (Jorge Salinas), pais adotivos de Nicolás (Leonardo Herrera), um garoto de 6 anos que sofre de leucemia.

Nicolás necessita de um transplante de medula, porém seus pais adotivos não são compatíveis, sendo assim Elena e Ernesto partem em busca de encontrar os pais biológicos do garoto.

Essa busca os leva até Pedro (José Ron), um mecânico e pai biológico do garoto, o qual incialmente nega a paternidade. Todavia, após se comover com o drama de Nicolás, o mecânico decide fazer o exame de DNA, comprovando a paternidade.

Desde então, um forte laço se forma entre ele e Nicolás, uma união forte o suficiente, comprovando que os laços de sangue não apenas falam mais alto, como podem ser responsáveis por devolver a vida.

Elementos do sucesso!

A novela possui uma história clássica, com uma abordagem dramática, ainda que com nuances de comédia, porém nada alarmante. Nesse primeiro momento, a adaptação soube organizar bem os acontecimentos, proporcionando um crescimento gradativo.

Um grande acerto da trama, sem dúvidas, foi a escolha do tema de abertura, interpretado por Leonel García. A entrada, no entanto, não apresenta muita novidade, apenas um conjunto de cenas da novela, com a mesma transição de cenas de “Enamorándome de Ramón”, trama também assinada por Lucero e que teve Ron novamente como protagonista.

A direção de cenas do folhetim, a cargo de Sergio Caño e Rubén Nelhiño, pontua positivo ao conciliar roteiro e direção nos primeiros minutos – na primeira cena Nicolás comemora seus 5 anos de idade (com muito entusiasmo), ao ar livre, com familiares e outras crianças.

Na sequência, o garoto comemora seus 6 anos, porém com um ar de tristeza, já que descobriu sofrer de leucemia, nesse caso, a cena se passa em um ambiente fechado, apenas com a presença de seus familiares – um ótimo simbolismo para representar a dualidade entre as duas situações, ainda que muito apelativo (precisava colocar todo mundo de preto como se fosse um velório ?!).

Em contrapartida, os diretores tropeçam na sequência final, onde Elena leva Nicolás (em uma cadeira de rodas) até a psicóloga, e encontra com Pedro.

Após revelar ao filho que Pedro é o doador de medula, o garoto se levanta e corre para abraçar o mecânico (se ele estava tão debilitado a ponto de se locomover em uma cadeira de rodas, como que de repente ele levanta e sai correndo?). A persistência de tornar a sequência um tanto dramática escorrega, dando um tom controverso à situação.

Outro desconforto é a ausência de transição de cenas, em alguns momentos, determinados personagens simplesmente transitam de um local para outro.

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