Bastidores

Samara Felippo perdeu protagonismo em novela por não ter ‘cara de moça virgem’

Atriz de 43 anos concedeu entrevista polêmica a Rafinha Bastos, no YouTube

Publicado em 03/12/2021

Presença cativa nas novelas desde os anos 90, quando estreou em Anjo Mau (1997), Samara Felippo, hoje com 43 anos, afirma que o tempo a fez enxergar situações de machismo e assédio na televisão que no passado não eram tão percebidos ou debatidos. Os relatos foram escancarados em uma entrevista da atriz ao podcast de Rafinha Bastos no YouTube.

Ao ser questionada sobre como era a exposição da fama aos 19 anos, Samara diz que era ótimo. “Eu era uma menina recém-saída do Cachambi (bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro) e com portas se abrindo na minha frente. Com possibilidades e coisas e pessoas e legais, era um misto de: ‘meu Deus, o que esta vindo pela frente, que delícia, e de medo'”.

Foi então que a atriz entrou no tema delicado sobre o lado obscuro da profissão, onde teve que lidar com os mais diversos tipos de assédio para poder trabalhar.

Assédio, machismo e pressão estética

Tirando hoje, que quando eu olho para trás e vejo os abusos que eu passei, de machismo, de coisas que a gente nunca enxergou na época e de palavras que a gente nem usava naquela época.

De ver amigas hoje em dia que perderam papeis porque não deram pro diretor. Existiu esse lugar onde eu sentei para pegar um papel e a pessoa disse: ‘Então, você ia fazer a protagonista, mas você não tem ‘cara de virgem'”, revelou.

“E virgem tem cara?“, se questionou ela em seguida, deixando Rafinha Bastos incrédulo. “É um pouquinho desse buraco que a gente vai se enfiando. é uma mão na sua coxa num jantar, é um vem cá, eu quero falar sozinho eu e você. E nossa como você está bonita hoje. Todo papel eu tinha que estar dois quilos mais magra, então já vem a pressão estética para a menina, era um lugar assim“, explicou.

Assista o trecho!

Desde 2013 Samara Felippo vem trabalhando em produções da Record TV. Após estrear na emissora em José do Egito, como Diná, em seguida ela emendou Os Dez Mandamentos, Apocalipse e a contemporânea Topíssima, sendo esta a sua última novela na casa até então.

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