Faz a diferença

Leveza na televisão brasileira é válvula de escape de muito valor

Sorriso no rosto e espontaneidade de apresentadoras são respiro na programação

Publicado em 28/07/2021

Na dura missão de matar um leão por dia em meio ao caos que vivemos hoje, sabemos exatamente o valor de sorriso fácil de alguém, uma notícia boa ou até mesmo uma simples pausa para um respiro, um momento de paz e leveza, que seja – não tem preço.

A leveza, em questão, talvez seja o único elemento menos presente na vida de uma grande parcela da população ultimamente – muito justificável, por sinal, considerando tantas barbáries que são impostas a nós de uma maneira muitas vezes revoltante, injusta e até cruel.

E aos cambaleios dessa nada mole vida que é a do brasileiro, sempre estamos tropeçando em pequenos momentos e pessoas ao decorrer do dia, que nos afloram sentimentos atribuídos a sensação de coisa boa. São figuras com alto poder de magnetismo.

Como este espaço é para assuntos de TV, listamos alguns nomes que, entre um telejornal e outro, são o respiro ou o momento mais aconchegante na programação das nossas emissoras. Para abrir os destaques, é claro, Ana Maria Braga figura no topo do ranking.

Potencializada de carisma e boa energia, a apresentadora transita com facilidade por diversos setores do ofício – que demanda toda a experiência possível à frente do vídeo – mas sem nunca, em absoluto, ter caído nas armadilhas do ao vivo com discursos equivocados.

Reverenciada pela genialidade com que conduz sua atração matinal, ‘Namaria’ é, sem duvida, um oásis na grade de programação dentre todas as emissoras. O melhor conteúdo do seu programa é o bate papo direto com o espectador.

Patrícia Abravanel, recém-chegada às manhãs, também não deixa a peteca cair e tem valido como aposta no Vem pra Cá, doa a quem doer. Entre erros e acertos, a filha de número quatro de Silvio Santos está sempre disposta, cheia de bom humor e com sorriso estampado no rosto. Um acalento pra quem busca fugir do noticiário pesado.

A apresentadora soma 10 anos na carreira e vem sendo desafiada por si própria na condução de um programa que é diário e ao vivo. E convenhamos, tem sido interessante acompanhar seu amadurecimento.

Patrícia também é figura magnética e repleta atributos vantajosos como o espírito jovial e o interesse em fazer a diferença. A evolução do programa, em parte, também pode ser atribuída a ela, que concentra atenções ali.

Mudando de emissora, Cátia Fonseca dispensa comentários. Condutora do Melhor da Tarde, na Band, a artista está acima de qualquer crítica. Comunicadora nata, seu caso é raro na televisão brasileira e poucas profissionais tem tanta elegância e a expertise para tratar de assuntos diversos.

Cátia Fonseca atrai totalmente o foco. É como se ela fosse um sol e tudo ao seu redor seriam os planetas orbitando. Um caso semelhante ao de Ana Maria Braga. Existem programas que funcionariam sem seu condutor, mas o Melhor da Tarde só acontece porque tem Cátia Fonseca. Difícil querer mudar de canal quando zapeamos e paramos no programa dela.

A apresentadora abre um espaço para o debate sempre com uma opinião muito pertinente e inteligente sobre as coisas, que em outros casos, se fossem falas proferidas por qualquer outro profissional soaria agressivo. Acontece muito.

No canal ao lado, mais precisamente na TV Gazeta, Regina Volpato rouba a cena com sua espontaneidade e sensatez. Muito divertida e competente, seu histórico fala por si só. Uma profissional capaz de dar um outro tom a um formato como o Casos de Família merece aplausos de pé.

Regina tornou-se, com o tempo, uma das apresentadoras mais queridas do público feminino. Sua presença na televisão foi muito cobrada, e por fim, ela se encaixou muito bem no Mulheres, programa que apresenta desde 2018 e que consagrou Cátia Fonseca.

A apresentadora galgou seu espaço com brilhantismo em um mercado extremamente competitivo e cheio de inseguranças. Hoje Regina brilha nas nossas tardes e emana lucidez e vitalidade; uma energia que flui.

Regina tem habilidade em se comunicar com as pessoas, muito disso gerado não somente pela experiência profissional como pela empatia e interesse que dela na pessoa com quem ela está falando. Além de, a presença em si mesma.

* As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade do seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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