Uma matéria do Fantástico deste domingo (30) sobre comentaristas de BBB, atribuiu aos perfis Nana Rude e Gina Indelicada no Instagram como “profissionais” no assunto e gerou questionamentos na internet. A repórter Ana Carolina Raimundi conduziu de maneira suspeita o alcance exponencial que os perfis citados atingem nesta época em que o reality está no ar, sem sequer comprovar dados.
Ao mostrar como é a vida deles dois neste período, que afirmam cobrir a atração 24 horas por dia e chegam a perder noites de sono, o Fantástico ainda restringiu a categoria apenas aos entrevistados e ignorou uma expressiva parcela de jornalistas gabaritados, youtubers e até mesmo simples usuários do Twitter, que não somente mobilizam a internet como vivem deste trabalho.
O Gina Indelicada, acusado de “roubar” conteúdo de perfis do Twitter, é uma página no Instagram que integra a chamada Banca Digital, também reconhecida como máfia da internet por aceitar ganhos para falar bem ou mal de algo ou alguém, muitas das vezes sem indicar publicidade.
Criada por Henrique Lopes (um antigo conhecido de Boninho), presença frequente em atrações sobre BBB, ele afirma que em uma semana de BBB 22 seu alcance foi de 47 milhões de pessoas impactadas (?).
Jabá e a falta de compromisso com a verdade
Segundo uma reportagem assinada pelo do jornalista Daniel Farad ao site Notícias da TV, o Gina Indelicada está entre os perfis que teriam fechado o famoso “jabá” com a Globo para comentar programas da emissora, como é o caso da novela Um Lugar ao Sol, atual cartaz das 21 horas, um insucesso em audiência.
Em resposta sobre tais ações, a Globo disse que “a divulgação de qualquer produto da TV Globo, desde realities, novelas, séries ou programas de variedades, atende a estratégias individuais, e considerando os mais diversos formatos de mídias e as evoluções de uso desses formatos.”
Na elaboração desta referida matéria do Fantástico, faltou o mínimo de compromisso com a verdade – conversar com mais destaques desta categoria, comprovar números de alcance das páginas entrevistadas e dizer se existe ou não o jabá.
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