Crítica

Mudanças não livraram The Voice Brasil da previsibilidade e do tédio

Mesmo com as mudanças, Michel Teló venceu de novo

Publicado em 24/12/2021

No ano passado, a concorrência com A Fazenda expôs as fragilidades do The Voice Brasil. O talent show apresentou o pior desempenho de sua trajetória, mostrando que o formato já andava desgastado e pouco interessante. O programa já não mobilizava o público e nem repercutia como antes.

Neste ano, para evitar repetir o fiasco de 2020, The Voice Brasil trouxe novidades. O programa lançou Michel Teló como “quinto técnico”, que passou algumas fases nos bastidores montando seu time com vozes dispensadas por Iza, Claudia Leitte, Lulu Santos e Carlinhos Brown. A ideia era acrescentar um elemento surpresa, acrescentando um molho a mais na dinâmica.

Porém, na prática, pouca coisa mudou. Michel Teló montou seu time e, passada a fase inicial, voltou a atuar normalmente com os demais técnicos. E mais: ainda manteve a invencibilidade. Mais uma vez, uma voz do time de Michel Teló venceu a batalha. Ou seja, nem mesmo a tentativa de imprevisibilidade se manteve.

Desta vez, The Voice Brasil concorreu com uma edição de A Fazenda que não surpreendeu e, por isso, teve uma trajetória mais tranquila. Porém, não conseguiu resgatar a repercussão positiva que um dia já teve. O programa foi tedioso, o que tem se tornado uma constante.

André Marques, que decepcionou em No Limite, aqui apresentou uma performance bastante satisfatória. Ele é correto e funciona bem no estúdio. Por isso, deve seguir no comando da competição, agora que Tiago Leifert está fora da Globo. Mas o programa em si já deu o que tinha que dar. The Voice Brasil, claramente, já não empolga como antes.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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