A semana de Nos Tempos do Imperador foi marcada pelo início do conflito conhecido como Guerra do Paraguai. Com a invasão de Solano López (Roberto Birindelli) ao Brasil, Dom Pedro II (Selton Mello) tratou de convocar os “voluntários da pátria”, e ele mesmo se alistou para estar na linha de frente da contenda.
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Com isso, os romances principais de Nos Tempos do Imperador ficaram em segundo plano. Luísa (Mariana Ximenes), que até ia embora do Brasil, desistiu de partir ao saber que o filho, que vive na França, não quer saber dela. A preceptora, então, além de sofrer com a rejeição do rebento, também propôs uma trégua com Teresa (Letícia Sabatella) por conta da Guerra.
Assim, o triângulo amoroso real, que já era insosso, fica ainda menos emocionante. Tão insosso quanto Pilar (Gabriela Medvedovski) e Samuel (Michel Gomes), cujas idas e vindas tornaram o casal cansativo. Até mesmo Nélio (João Pedro Zappa) e Dolores (Daphne Bozaski) não estão em seus melhores dias, já que o ajudante de Tonico (Alexandre Nero) também vai à luta.
Neste cenário pouco romântico, abre-se espaço para uma interessante virada de Zayla (Heslaine Vieira). A personagem tem uma concepção equivocada, é verdade, mas os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão acertaram ao não torná-la a “louca da tesoura”. Ao transformar o ataque a tesouradas de Zayla a Madame Lambert (Lorena Silva) num acidente, Nos Tempos do Imperador alcança o mesmo efeito dramático, mas humaniza Zayla.
Estas nuances valorizam muito o trabalho de Heslaine Vieira. Como Zayla, ela em nada lembra a inteligente Ellen, de As Five. Heslaine se mostra pronta para voos ainda maiores após Nos Tempos do Imperador.