Crítica

Em novas posições, César Tralli e Maju Coutinho se destacam na Globo

O "efeito dominó" iniciado com a saída de Tiago Leifert foi benéfica aos envolvidos

Publicado em 05/01/2022

O ano de 2021 foi agitado nos bastidores da Globo. Entre as muitas dispensas, demissões e despedidas, Tiago Leifert foi uma das baixas registradas. O apresentador, sempre usado como curinga e que viveu seu melhor ano no canal, optou por seguir outros caminhos e abriu mão da apresentação do BBB, um dos postos que ocupava.

Com isso, Tadeu Schmidt foi o escolhido para sucedê-lo e dar sequência ao “legado” iniciado por Pedro Bial (e Marisa Orth!). Mas Tadeu era titular do Fantástico e, com sua saída, a Globo precisava escalar um novo profissional para fazer dupla com Poliana Abritta. E Maju Coutinho foi a eleita.

Mas o “efeito dominó” não para. Maju, titular do Jornal Hoje desde a ida de Sandra Annenberg para o Globo Repórter, passou o bastão para César Tralli. Até então, o jornalista era a cara do SP1, posto que deixou para seu substituto eventual Alan Severiano. Com isso, fechou-se o ciclo, que promoveu uma pequena revolução no jornalismo da emissora.

Pouco tempo depois, já é possível afirmar que a Globo acertou em cheio com a nova configuração. César Tralli imprimiu seu estilo descontraído, que já fazia sucesso no SP1, ao Jornal Hoje, tornando o noticioso da hora do almoço mais leve e dinâmico. Tralli já é o rosto do jornal, e está ótimo ali.

Já Maju, sempre muito simpática, carismática e competente, nunca conseguiu deixar uma marca no Jornal Hoje. Ela foi correta, mas nada além disso. Porém, sempre que era escalada para cobrir férias no Fantástico, Maju Coutinho parecia estar em casa. Na revista eletrônica, ela passa mais espontaneidade, sem perder de vista a credibilidade. Assim, sua efetivação no Fantástico pareceu até natural. Ela combina com o dominical e faz uma ótima dupla com a igualmente competente Poliana Abritta.

Por fim, Alan Severiano também saiu ganhando com uma merecida promoção. O jornalista foi incrível quando precisou assumir o SP2 no período da pandemia, quando o titular Carlos Tramontina foi afastado por pertencer ao grupo de risco. Assim, assumir o SP1 mostra o reconhecimento aos bons serviços prestados.

Agora é aguardar para ver Tadeu Schmidt à frente do BBB. Toda a movimentação no jornalismo na Globo causada por sua saída do Fantástico se mostrou eficiente. É a vez, então, de Tadeu dizer a que veio. Ao que tudo indica, ele dará conta do recado.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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