Comentário

De volta no Viva, Alma Gêmea é uma grande salada do “universo” Walcyr Carrasco

A trama é uma mistura de melodrama, fantasia e humor pastelão

Publicado em 31/01/2022

Quando estreou na Globo, assinando O Cravo e a Rosa (2000) com Mario Teixeira, Walcyr Carrasco iniciava um estilo de novela que o consagraria no horário das seis. O autor apostou fundo na comédia romântica, com um texto suave, recheado de piadinhas ingênuas, mas com um toque de malícia. Foi um sucesso retumbante!

No entanto, em sua segunda incursão na emissora, o novelista partiu para um drama mais denso, o que afugentou o público. A Padroeira (2001) tinha um tom mais sombrio, que não agradou de cara. Para emplacar a obra, Carrasco tratou de eliminar personagens e criar novos, aumentando o tom cômico das tramas paralelas. Deu certo!

Assim, na terceira aposta, a fórmula de O Cravo e a Rosa voltou com tudo em Chocolate com Pimenta (2003). E o sucesso foi igualmente grandioso! Por isso, chamou a atenção a proposta da novela seguinte, Alma Gêmea (2005), que estreou também com um tom dramático mais intenso.

Porém, talvez por ter aprendido a fórmula do sucesso, Walcyr Carrasco trouxe muitos “refrescos” aos seus fãs no horário. Ao mesmo tempo em que apostou numa trama principal básica e arrebatadora, mesclando espiritismo (na verdade, fantasia, já que o autor não se inspirou numa doutrina específica) e vingança, o autor não se esqueceu do tom pastelão, que dominou as tramas paralelas.

O resultado foi sua novela das seis mais bem-sucedida. Alma Gêmea mistura o bom folhetim, a água-com-açúcar típica do horário e um tom cômico meio infantilizado, com personagens carismáticos, bordões, tortas na cara e gente caindo no chiqueiro. E é este sucesso que o Viva resgata em suas tardes nesta segunda-feira (31).

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