Duca Rachid e Thelma Guedes são duas autoras de novelas muito festejadas pelo público e pela crítica desde que assinaram o remake de O Profeta, em 2006. Graças ao sucesso da saga de Marcos (Thiago Fragoso), que era inspirada no enredo de Ivani Ribeiro, a dupla foi credenciada a assinar sua primeira novela original.
Veja também:
- Após sepultar personagem querido, Deocleciano mata charada e descobre segredo de João Pedro guardado a 7 chaves em Renascer
- Após filho querido morrer em seu lugar, José Inocêncio realiza dois sonhos de Buba em Renascer
- Após enterrar seu melhor amigo, Eriberto termina Renascer ao lado de personagem inusitada
Surgiu assim Cama de Gato, exibida em 2009. Num contexto em que tramas de época ainda predominavam no horário das seis, Cama de Gato surgiu para dar um ar mais contemporâneo e vibrante na faixa. A produção é marcada por reviravoltas dignas de novela das nove, com um espírito que lembrava a obra de seu supervisor de texto, João Emanuel Carneiro.
A saga de Gustavo (Marcos Palmeira), um homem duro que busca resgatar a essência humana que um dia já teve, disse a que veio. A audiência foi boa para os padrões da época e a crítica aplaudiu a agilidade da trama, que trazia conflitos que se resolviam rapidamente para, em seguida, propor novas situações.
Um dos trunfos da novela é a vilã Verônica, de Paolla Oliveira. A atriz, que vinha de mocinhas meio insossas em Belíssima (2005) e O Profeta (2006), surpreendeu como uma megera ardilosa, que armava para tentar assassinar o marido.
Estranhamente, apesar do sucesso, Cama de Gato acabou caindo numa espécie de limbo. A trama nunca ganhou muita força para uma reprise no Vale a Pena Ver de Novo, e Paolla seguiu taxada como “mocinha insossa”, em trabalhos como Insensato Coração (2011) e Amor à Vida (2013). O espectador se esqueceu de “Verônica Veneno” e desta novela que teve mais pontos positivos que negativos. Que bom que o Globoplay a resgatou!
Leia mais textos do colunista AQUI.