Júlia (Denise Fraga) está caindo cada vez mais no buraco do alcoolismo. A cantora não sabe lidar com as próprias frustrações e, a cada capítulo de Um Lugar ao Sol, ela se afunda mais e mais. Mesmo com o apoio do filho, Felipe (Gabriel Leone), Júlia não consegue se livrar de seu vício em álcool.
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A artista Júlia é uma alcoólatra que busca a recuperação. Ao retornar à vida de Felipe e da mãe, Ana Virgínia (Regina Braga), a cantora afirma que não bebe mais. E dá várias demonstrações de que vinha firme no propósito de não ter uma recaída. Foram várias as sequências em que Júlia apareceu prestes a beber, mas desiste na última hora.
No entanto, Júlia demonstra uma intensa dificuldade em lidar com suas próprias frustrações. Ana Virgínia, por ser muito pragmática, acabou por se afastar da filha, justamente pela imaturidade emocional evidente de Júlia. Esta imaturidade leva Júlia a se deixar carregar por sonhos que, claramente, não passam de devaneios. Boa compositora e tradutora, ela quer fazer carreira como intérprete, mesmo não sendo boa nisso. Ou seja, ela nega seus próprios talentos e se agarra num desejo infundado.
Por isso, seus projetos não acontecem, gerando nela uma grande instabilidade. O álcool, então, surge como uma fuga desta realidade que Júlia não consegue enxergar. Com isso, a recaída demorou, mas apareceu. Após mais uma frustração profissional, Júlia bebe novamente e acaba atropelando Bárbara (Alinne Moraes).
Apesar de estar alcoolizada, Júlia não foi responsável pelo acidente, já que foi Bárbara, também emocionalmente instável, quem se jogou diante do veículo da cantora, tentando dar cabo da própria vida. Um Lugar ao Sol, então, une duas figuras que gritam por socorro por meio de um acidente, que terá graves consequências na vida de ambas. É um encontro poderoso.
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