Bruna Guerin, intérprete de Petra Máximo, vilã de Salve-se Quem Puder, conversou com a coluna, agora que a novela está prestes a voltar à tela da TV Globo, primeiro em reprise e depois com a fase inédita. A atriz falou do futuro de sua personagem na trama de Daniel Ortiz e relatou a felicidade em ser a voz de Emily Blunt no Brasil.
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“O maior desafio são os traços sociopatas (quase psicopatas). São características abomináveis na nossa sociedade, assustadoras e difíceis de compreender”, relata Bruna ao definir sua vilã, que fará de tudo para separar Alan (Thiago Fragoso), de Kyra (Vitória Strada). Confira o papo com a intérprete:
ANDRÉ ROMANO – Quem é a Bruna Guerin?
BRUNA GUERIN – É uma ótima pergunta! Eu também me pergunto isso. Constantemente. Sigo na busca.
AR – Como surgiu a arte em sua vida?
BG – Sempre fiz ballet clássico, desde pequena. Era apaixonada pela dança. E, por conta do ballet, o teatro e a música vieram naturalmente. Assim que entrei na minha primeira aula de teatro, tive a certeza de que seria atriz. Aliás, descobri que era por isso que eu amava tanto o ballet: contar histórias, atuar.
AR – Você é uma atriz respeitadíssima no meio teatral, mas na televisão a Petra de Salve-se Quem Puder é seu primeiro trabalho de grande repercussão. Você teve algum tipo de dificuldade em se adaptar a esse novo meio?
BG – Já tive experiência atuando em algumas séries. E realmente o ritmo das gravações de novela são muito acelerados. Mas logo a gente se adapta e se diverte.
AR – A Petra é cheia de camadas. Qual foi a maior dificuldade em criar a vilã?
BG – O maior desafio são os traços sociopatas (quase psicopatas). São características abomináveis na nossa sociedade, assustadoras e difíceis de compreender. Consequentemente, um deleite para nós atores. Daniel Ortiz ajudou muito e deixou tudo dela divertidíssimo de fazer.
AR – Qual é o pior sentimento que a Petra nutre em seu ser, que você abomina?
BG – Exatamente isso. A falta de empatia total com todos à sua volta.
AR – Muita gente comenta que a Petra pode ter sido a responsável pela morte da mulher de Alan (Thiago Fragoso). Você acha que ela seria capaz disso (de matar a prima)?
BG – Sim, acho que seria. Não… ela não faria isso… Será?
AR – Qual foi a maior lição que você tirou durante esse período pandêmico?
BG – Foram tantas… Mas resiliência foi a mais importante.
AR – Você sentiu algum receio em relação a esse período em que ficou em quarentena?
BG – Tive medo por nós. A pandemia trouxe muito sofrimento pra muita gente. E continua, né?!
AR – Como está sendo ‘reencontrar’ a Petra em um ‘novo mundo’?
BG – Maravilhoso! Muito bom voltar a trabalhar e fazer o que a gente ama. Sempre com segurança e consciência.
AR – Qual foi o maior desafio ao dublar a queridinha da América, Emily Blunt, em O Retorno de Mary Poppins?
BG – A fala da personagem Mary Poppins é rápida e precisa. A língua inglesa tem palavras mais curtas que o português. Com isso, a grande dificuldade foi interpretar as falas maiores, mas na mesma rapidez e precisão de Emily Blunt.
AR – Você vai continuar dublando a atriz em outros trabalhos?
BG – Espero que sim!
AR – Qual o seu maior sonho?
BG – Paz!
AR – O que tira você do sério?
BG – Fake news.
AR – Qual é o mundo que você sonha para a humanidade?
BG – Um mundo sem desigualdade.