No ar na ‘edição especial’ de Haja Coração, no papel da desinibida Teodora Abdala, a atriz Grace Gianoukas conversou com a coluna, e revelou os momentos que passou reclusa durante a pandemia. Ainda, Grace declarou seu carinho pela novela, que a apresentou para os quatro cantos do Brasil. Leia abaixo a entrevista completa com a atriz:
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ANDRÉ ROMANO – Qual foi a maior lição que você tirou durante esse período pandêmico?
GRACE GIANOUKAS – O nosso futuro nunca foi tão incerto… Para não sucumbir à ansiedade, me forcei a fazer o exercício de estar inteira e focada vivendo o momento presente, viver com intensidade cada dia sem deixar o amanhã me assombrar. Aproveitando o tempo pra fazer o que precisa ser feito agora, sem procrastinar. Isso é uma fonte de amadurecimento e de paz interior.
AR – Qual é a importância de Haja Coração em sua carreira?
GG – Em Haja Coração tive a oportunidade de viver uma personagem maravilhosa, exuberante, tragicômica, que estava instalada num núcleo muito divertido da novela ao lado de atores extraordinários. A nossa troca em cena era uma diversão.
Essa maluquice alegre e exagerada da personagem atravessou as telas e chamou muito a atenção do grande público. As pessoas não esquecem Haja Coração e não esquecem Teodora e Fedora Abdala (Tatá Werneck). Sempre me reconhecem com um grande sorriso no rosto.
AR – Na sinopse, sua personagem morreria na trama… Mas com o seu talento, você arrebatou o coração do público, e Teodora voltou. Você imaginava isso?
GG – Não imaginava. Fiquei muito comovida e grata, realmente eu não esperava a campanha do público pela volta dela. Teodora Abdala ganhou até um spin-off no Globoplay, contando o que aconteceu com ela durante o tempo em que esteve desaparecida. Recebi tudo isso como uma grande dádiva.
AR – Quem é a Grace Gianoukas?
GG – Estou tentando descobrir até hoje, mas já sei algumas coisas: sou mulher, mãe, atriz, dona de casa, gaúcha e inadequada.
AR – Qual é o seu maior sonho?
GG – Ter muitos contratos para oferecer meu trabalho de atriz, autora e diretora de atores.
AR – O que tira você do sério?
GG – Destruição da natureza, desrespeito à outras culturas, extermínio dos povos indígenas, seus territórios e da vida silvestre.
AR – Se você pudesse deixar uma mensagem para a posteridade…
GG – Não somos donos do planeta, somos apenas hóspedes. O ser humano não domina a natureza, está submetido a ela, interage com tudo que nela vive, portanto, todas as suas atitudes geram consequências. Evite ser uma célula cancerígena na Terra.
AR – Qual é o mundo que você sonha para a humanidade?
GG – Gostaria de viver num mundo onde nós fossemos cidadãos e não reféns dos malucos no poder e das grandes corporações. Um lugar onde o conhecimento não fosse interpretado como moeda e sim como uma dádiva pra ser compartilhada com toda a humanidade. Acho que assim teríamos todos as mesmas oportunidades de sobreviver com dignidade.