Fã da Xuxa e com bordão “inferno”, drag queen evangélica Andréia Mocréia quebra tabu na bancada do Balanço Geral da Record TV

Publicado em 01/01/2017

Sim internautas, vocês leram certo. As palavras “Record TV”, “inferno”, “tabu”, “fã da Xuxa” e a expressão “drag queen evangélica Andréia Mocréia” estão na mesma frase. Viva a diversidade! Já estamos em 2017, né mores? E a Record TV prova estar se reinventando M-E-S-M-O.

Confesso que fiquei boquiaberto, espantado, quase caiu a dentadura aqui quando eu descobri essa história e acreditem quando eu digo que é verdade! #Amei

Existe sim uma drag queen evangélica na TV. Seu nome? Andréia Mocréia, que ganha vida pela interpretação de um ator que tem nome e sobrenome: Dudy Elias, de 34 anos, do signo de áries, que roubou a cena no cenário do entretenimento no Pantanal, com sua “make” impecável conquistou a simpatia dos bispos mais conservadores da Igreja Universal e ganha seguidores por onde passa por esse Brasil.

Vamos pedir uma música e continuar para contar essa história. “Robocop Gay”, dos Mamonas Assassinas e pra ficar no clima de aceitação e novo tempo na TV da Barra Funda.

Cantando comigo, galera!!! “Abra sua mente, gay também é gente”… Escrevi essa matéria #BAFO sobre a drag queen evangélica #BABADEIRA escutando esse som. #AMO

Sem mais delongas simbora falar da #DIVA mais famosa do Matogrosso do Sul, Andréia Mocréia, que leva sua alegria, simpatia e sinceridade aos sul-mato-grossenses, no programa Balanço Geral MS, que vai ao ar todos os dias da semana, a partir das 12 h, pela Record TV MS, afiliada da Record TV no Centro-Oeste.

Cata esse bate-papo bem humorado do #QueIssoGordinho. Confira! #QueSucesso

QueIssoGordinho: Você nasceu onde no Mato Grosso do Sul?

Dudy Elias: Nasci na cidade de Anastácio no Mato Grosso do Sul. Amo o meu estado, minha gente e esse Pantanal lindo.

QueIssoGordinho: Andréia Mocréia é o nome da sua personagem. De onde veio isso?

Dudy Elias: O nome Andréia Mocréia surgiu na noite sul mato-grossense e veio a convite do arquiteto top Luiz Pedro Scalise que havia me convidado para trabalhar em uma de suas casas noturnas. O nome veio no susto e bem rápido. Depois de uma conversa com o Luiz Pedro eu estrearia no próximo final de semana e ele queria um nome. E como eu havia ido até o local com um amigo chamado André e que eu o chamava carinhosamente de Andréia Mocréia [risos] Daí, quando me perguntaram qual era o nome da minha personagem, sem pestanejar, eu disse Andréia Mocréia e ele adorou [risos].

QueIssoGordinho: Andréia Mocréia sonha em ser funkeira. O que ela faria se o som “A minha bunda não é de silicone” bombar no carnaval desta ano?

Dudy Elias: Se o funk bombasse, ela viajaria o mundo fazendo todo mundo remexer o bumbum [risos].

QueIssoGordinho: Mas e se ela estourar como funkeira gospel como o som “Sai diabo”?

Dudy Elias: Nossa [risos]! Se o funk sai diabo estourasse com certeza iria de igreja em igreja vendendo CDs e tocando seus funks de Jesus.

QueIssoGordinho: Como é dar vida a uma drag queen evangélica na Record TV do Mato Grosso do Sul?

Dudy Elias: Na verdade não considero a Andreia uma drag Queen, a defino como um cosplay de uma mulher, mas me orgulho muito de representar essa classe também das drag queens que são artistas espetaculares. Cosplay não é drag, drag não é cosplay. São estilos artísticos diferentes, mas ao mesmo tempo muito próximos. Assim como pintura e escultura são artes semelhantes, porém, completamente diferentes, o mesmo acontece com o drag e o cosplay. Um cosplayer pode criar um personagem original ou um personagem que interprete personagens na maioria das vezes atores de formação. Já uma drag queen (ou king) cria um alter ego que, na muitas vezes, representa o sexo oposto (lembrando que não é uma regra!) de uma forma mais extravagante e “luxuosa” não necessariamente são atores. Ambas as artes podem criar um personagem do zero ou já interpretar um personagem existente! Com a diferença que um cosplayer, por etimologia, precisa ter uma história criada para um personagem mesmo que ele seja original, enquanto o drag pode criar um personagem sem a necessidade que exista uma publicação ou história deste. Mas no geral as duas se difundem em uma. O que importa para o nosso contexto que, sou um homem vestido de mulher, que tem um personagem que tem vida própria e não estou preocupado com rótulos. Orgulho-me de representar todos os GLBTs (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transgêneros) sem exceção.

QueIssoGordinho: Já sentiu preconceito por interpretar sua personagem na TV aí em Mato Grosso do Sul?

Dudy Elias: Sim. O preconceito existe em todas as áreas, não é? Já vi convidados de cara feia e até os próprios colegas de trabalho me olhavam torto nos corredores da emissora, mas uma coisa que sempre digo: “Preconceito se vence com talento”. E isso eu faço todos os dias. Venço o preconceito com Talento.

QueIssoGordinho: Você é ator e está no jornalismo. Rolou algum estresse ou algum olhar estranho desde quando subiu na bancada pela primeira vez na TV?

Dudy Elias: Olha, tenho colegas jornalistas incríveis. Acolheram-me e souberam respeitar meu espaço. Sempre me ajudaram, deram dicas… Coisa rara no nosso meio.

QueIssoGordinho: Onde você começou sua carreira como comentarista de fofocas?

Dudy Elias: Comecei a fazer fofocas na TV faz cinco anos no extinto programa “Batom”, que era transmitido pelo canal SBT MS. Era um programa de entretenimento que ia ao ar todos os sábados e nele eu tinha o minuto da fofoca bem nos moldes dos programas de fofoca de hoje.

QueIssoGordinho: Fale um pouco sobre a Hora da Venenosa aí no Mato Grosso do Sul.

Dudy Elias: A Hora da Venenosa é o meu xodó, ao lado do jornalista Wilian Franco, que é o apresentador do programa e repórter de rede da Record TV. Um luxo! Todas as reportagens da Record que vão para o todo o Brasil ele que faz. Um sucesso. Amo levantar cedo, me arrumar e ir apresentar. É muita responsabilidade, pois é um quadro líder de audiência em todo território nacional, e aqui não é diferente. Quando entramos no ar sacudimos a concorrência.

QueIssoGordinho: A Record TV te deu visibilidade. Como é sair do anonimato e trilhar esse caminho da fama?

Dudy Elias: Olha não consigo definir anonimato e fama, pois estou em transição ainda, mas posso te dizer que é maravilhoso ser reconhecido nas ruas e ouvir das pessoas que elas te assistem Receber o carinho delas isso não tem preço.

QueIssoGordinho: Você é fã da apresentadora Xuxa e já esteve nos bastidores do programa dela no Rio de Janeiro. Como foi o encontro de vocês?

Dudy Elias: Tenho pela Xuxa uma coisa inexplicável. Ela fez parte dos meus sonhos infantis e essa paixão me acompanha até os dias de hoje. Estar perto dela sempre foi um sonho para mim e continua sendo. Quando a vi pela primeira vez fiquei com a mão gelada coração acelerado e muito emocionado, mas ela é muito gentil, educada e deixa todos muito a vontade perto dela. Ela é a responsável por acreditar nos meus sonhos.

QueIssoGordinho: Você sempre quis ser artista de TV?

Dudy Elias: Sempre quis ser artista. Estudei música desde criança e amava teatro. Nunca fui uma criança que gostava de brincar, eu gostava de criar, fazer espetáculos e entrevistas para mim mesmo [risos]. Brincava de televisão no espelho do banheiro.

QueIssoGordinho: Além de fazer fofocas, você tem um quadro de entrevistas e agenda cultural todos na hora do almoço. Uma maratona, não?

Dudy Elias: O quadro de entrevistas é toda sexta-feira. Recebo artistas da nossa região, que sonham em mostrar seu trabalho na televisão, muitos nomes famososdo sertanejo passaram por lá. O Mato Grosso do Sul é o berço da música sertaneja no Brasil.

QueIssoGordinho: Você fala muito a palavra inferno e cai na gargalhada. Isso te gerou algum problema na Record TV ou todos entram na brincadeira?

Dudy Elias: Então [risos]… Já falei muito inferno, hoje falo bem menos, temos como público mais famílias por causa do horário que o programa é transmitido e muitas famílias religiosas assistem ao nosso programa e achavam que o inferno era no sentido pejorativo de maldição, coisa de religião, mas era apenas uma expressão, eu queria mesmo era gritar Caralhooooooooo [risos]! Mas por respeito a esse público não falo. Sempre usei a palavra inferno na TV. Em nem um momento fui proibido de usar o termo inferno, mas para mim inferno é apenas um bordão e para mim o que mais importa hoje é o público, então eu mesmo decidi falar menos inferno e usar outros termos e bordões. Entendeu, inferno? [Risos]

QueIssoGordinho: Hoje você é referência do entretenimento no Centro-oeste. Sente o peso dessa responsabilidade?

Dudy Elias: Olha não sinto peso, pois tento levar meu trabalho da maneira mais leve possível. Não me deixo afetar. Mas sei a responsabilidade de entrar na casa de milhares de telespectadores. Sei o valor de cada um deles, mas prefiro não me preocupar com esse peso para não pirar.

QueIssoGordinho: Você também é músico. Tem algum projeto nessa área?

Dudy Elias: Amo música. Meu sonho por incrível que pareça era ser cantor de música gospel. Hoje é um sonho muito distante de mim e distante da minha realidade, mas hoje penso sim no projeto do funk e quero mais esse desafio, vêm novidades por aí.

QueIssoGordinho: Como é a repercussão do seu trabalho nas ruas com os telespectadores de Mato Grosso do Sul?

Dudy Elias: É muito legal. Saio de casa pronto já e as pessoas me param nos sinais, me gritam nas ruas e sempre tem alguém me esperando em frente à TV. O carinho do público é o combustível para o artista.

QueIssoGordinho: As crianças te amam. Como você administra essa relação com os pequenos?

Dudy Elias: Amo as crianças. Elas são sinceras, gostam e não gostam. Acho mágico esse contato, pois elas acreditam que a Mocréia existe e é aquela menina que eles veem na TV. É maravilhoso. Evito sair do personagem perto delas para que elas não percam o encanto.

QueIssoGordinho: Quais são seus planos na TV em 2017?

Dudy Elias: Em 2017 estou focado na hora da Venenosa e no Balanço Geral, da Record TV MS. Tenho um sonho que em 2017 chegaremos à liderança na audiência. Vou batalhar para isso e focar toda minha energia nesse propósito.

QueIssoGordinho: Pensa em vir trabalhar em São Paulo e Rio de Janeiro ou não troca o seu Mato Grosso do Sul?

Dudy Elias: Pretendo. Acho que isso vai acontecer naturalmente, não quero forçar nada e nem ir bater cabeça em territórios desconhecidos para mim. Hoje com a força da internet acredito que meu próprio estado me projeta para fora, creio nisso. Hoje vivemos uma outra realidade no mundo artístico. Não precisamos estar no Rio ou São Paulo para fazer sucesso. Acredito que nosso próprio Estado nos projeta para o Brasil, prova disso é que hoje estou aqui falando com vocês do Observatório da Televisão, que está em um dos portais mais acessados do país.

QueIssoGordinho: Qual convite de trabalho você não recusaria?

Dudy Elias: Não recusaria um trabalho em emissoras a nível nacional indiferente de canal.

QueIssoGordinho: O que você sonha para sua carreira?

Dudy Elias: Sonho em continuar fazendo o que amo, com amor e carinho dando o melhor de mim para tirar um sorriso das pessoas que curtem meu trabalho. Sonho envelhecer fazendo Televisão. Amo o que faço. E não descarto fazer outros formatos e também me jogar no jornalismo, não tenho medo de arriscar.

QueIssoGordinho: Deixe uma frase inspiradora para os nossos internautas, algo que os motive a não desistir dos seus sonhos?

Dudy Elias: Toda porta que você bate um dia abre independentemente de qual seja o seu sonho. Persista! Que um dia essa porta abre.

Colunista Rodrigo Teixeira

A-G-R-A-D-E-C-I-M-E-N-T-O

Nesse espaço, nessa coluna, nesse cantinho, nesse puxadinho gostoso, que, humildemente, dá seu ponta pé inicial neste 1° de janeiro de 2017. Que venham boas histórias, novos horizontes, boas risadas e muito #FLOPE. Obrigado pela oportunidade de mostrar meu trabalho aqui no Observatório da Televisão, Neuber Fischer. #TamuJunto #QueIssoGordinho #EuQueroéAssunto

*As informações e opiniões expressas nessa coluna são de total responsabilidade de seu autor.

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