O Outro Lado do Paraíso: Preconceituoso, Samuel demite radiologista gay

Publicado em 01/12/2017

Desde o início de O Outro Lado do Paraíso ficou claro que Samuel (Eriberto Leão) evidenciava a necessidade de esconder sua homossexualidade da mãe e da sociedade. Para isso, se casou com Suzy (Ellen Rocche) e até busca ajuda para ter uma vida sexual ativa com a mulher, apesar de seus casos extraconjugais com outros homens. Porém, em breve, o psiquiatra vai além de tentar esconder sua condição. Ele pegará pesado quando descobrir que um radiologista do hospital é gay.

Tudo começa no corredor da instituição, quando ele e Suzy encontram Mariani (ator não divulgado). “Como vai enfermeira? O senhor, doutor Samuel?”, cumprimenta o radiologista. “Vivendo as alegrias do casamento”, responde o médico. “Eu também”, comemora Mariani, que continua caminhando no corredor. “Não sabia que o doutor Mariani era casado”, diz o psiquiatra à mulher. “Com um rapaz”, conta Suzy. Samuel faz cara de espanto e a loira diz. “Todo mundo no hospital sabe. Ele é gay assumido. O companheiro dele é tão atlético. Eu pegava”. O psiquiatra repreende a mulher, que logo conserta. “Se não fosse casada, doutor Samuel”.
E não demora muito para Samuel pedir que Mariani vá até a sua sala. “Mandou me chamar, doutor Samuel?”, pergunta. “Eu sei que é um excelente radiologista”, começa o diretor. “Agradeço doutor. Eu gosto da minha especialização”, diz o médico, que é interpelado pelo psiquiatra. “Está despedido”, diz. “O que eu fiz de errado?”, quer saber o funcionário. “Corte de verbas, sinto muito”.

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À noite, Suzy troca de plantão para ir para casa e tirar satisfação com o marido. “Demitiu o doutor Mariani por que ele é gay? Ele trabalhava há anos no hospital. Era um excelente radiologista, todo mundo sabe. Comentei que ele era casado com um rapaz”, questiona, deixando Adinéia (Ana Lúcia Torre) assustada. “Casado? Não pode ser. Quem entrou de véu e grinalda na igreja? Ele ou o rapaz? Não. Não pode”, diz a mãe do psiquiatra. “Morava junto, sei lá. Meu marido demitiu o doutor em seguida”, reclama. Num primeiro momento, Samuel até tenta negar, mas acaba admitindo. “Quer saber, fique sabendo. Demiti porque é gay. Mas não sai daqui dessa mesa. Hoje em dia o mundo está cheio de leis, posso até ser processado… os homossexuais adquiriram muitos direitos. Posso ser processado se souberem. Só que não gosto de trabalhar com gays. Inclusive, considero que não ajuda em nada a fama do hospital”, afirma, deixando a enfermeira furiosa. “Doutor Samuel, tem muito gay naquele hospital”, afirma. “Tem? Quem?, pergunta o médico. “Eu não digo. Senão vai ter que demitir metade dos médicos, enfermeiros, pessoal do administrativo. Ui, sei lá! Dá licença. Tou farta!”.

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